domingo, fevereiro 25, 2007

Ralph Waldo Emerson

Opinião Independente

É fácil viver no mundo conforme a opinião do mundo: é fácil na solidão viver conforme a própria opinião; mas grande homem é o que, no meio da multidão, conserva com plena serenidade a independência da solidão.

Ralph Waldo Emerson, in “Ensaios”

sábado, fevereiro 24, 2007

Pensamentos

TEMPO QUE O TEMPO NÃO TEM

Sentei-me ao computador, sem nenhuma ideia definida, abri uma folha em branco e comecei a escrever... entre pausas para pensar no que escrevia, no que iria escrever, parei no tempo e pensei, e se fosse o ano de 1944, não havia computador, e se eu escrevesse tipo José Saramago, iria ser interessante como difícil, talvez o mais certo era nem conseguir, mas tentar não se nega, não é. Há muito que ando perdido no tempo, no meu tempo, porque sempre pensei que deveria ter vivido no tempo dos reis, onde dávamos o devido tempo que o tempo merecia, onde existia fabulosas aventuras perdidas no espaço e outra vez no tempo, comparado com os tempos de hoje deixam-me a saudade de ter ouvido falar desses tempos, a lucidez do que hoje acontece, tudo o que sabemos e ainda aquilo que ignoramos como que se de pessoas toninhas fossemos.
Sentei-me ao computador para dar liberdade a minha expressão, para escrever uma dúzia de asneiras, convencido de estar a produzir algo de mínima importância, mais, algo que fará alguém perder o seu tempo a ler... sempre o tempo no meu caminho, hoje o tempo tem muito valor porque é precioso, um bem de ninguém, mas, de cada um, ou também não.
Que mistura de palavras, significará uma mente perturbada, ou talvez o simples facto de tentar escrever o máximo possível em tão pouco tempo, ou ainda poderá significar a tentativa, pálida, de semear palavras e mais palavras para colher alguma ideia, primitiva que seja, com o mínimo de decência.
Sentado ao computador, escrevo, mas, não estou, num século passado, não vivo no tempo de dar tempo ao tempo, vivo ou sobrevivo no tempo em que o tempo nos foge das mãos, em que nos falta para tudo e em que nada fazemos para o agarrar, em que o bem precioso chamado tempo se esgota de uma forma simplesmente banal, num artífice brilhante, iluminado o que se confunde, e pensamos nós que somos felizes, que as histórias que lemos são reais, e apesar de tudo ignoramos a verdade, toda a verdade... não vivemos, não somos nós próprios, não construímos o presente nem o futuro, somos nadas soltos, entrelaçados em pequenos interesses que nos sugam a memória, e nos empurram para a tendência.
Olá prisioneiros do mundo, colegas de imaginação, Olá povo cego e ordeiro que trabalha sem saber porquê, olá prisioneiros da imagem, estamos todos no mesmo circuito do tempo, estamos todos com o tempo contado e essa semelhança apenas nos afasta. É pena.

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Carnaval

Carnaval

História e etimologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carnaval

Para alguns pesquisadores o Carnaval tem raízes históricas que remontam aos bacanais e a festejos similares em Roma; alguns historiadores mais ousados chegam mesmo a relacionar o Carnaval a celebrações em homenagem à deusa Ísis ou ao deus Osíris, no Egipto antigo. Uma outra corrente acredita que a festa se iniciou com a adopção do calendário cristão.
Em Roma havia uma festa, a Saturnália, em que um carro no formato de navio abria caminho em meio à multidão, que usava máscaras e promovia as mais diversas brincadeiras. Essa festa foi incorporada pela Igreja Católica, e segundo alguns a origem da palavra Carnaval é carrum navalis (carro naval). Essa etimologia, entretanto, já foi contestada. Actualmente a mais aceita é a que liga a palavra "Carnaval" à expressão carne levare, ou seja, afastar a carne, uma espécie de último momento de alegria e festejos profanos antes do período triste da Quaresma.
Em 1091 a data da Quaresma foi definitivamente estabelecida pela Igreja Católica; como consequência indirecta disso, o período de Carnaval se estabeleceu na sociedade ocidental, sofrendo, entretanto, certa oposição da Igreja, na Europa. Embora alguns papas tenham permitido o festejo, outros o combateram vivamente, como Inocêncio II.
À sequência do Renascimento o Carnaval adoptou o baile de máscaras, e também as fantasias e carros alegóricos. Ao carácter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato actual, que se preserva especialmente em regiões da França, Itália e Espanha, Portugal e Brasil.

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Carnavais Famosos:

Brasil – Carnaval do Rio de Janeiro – Bahia – S. Paulo
Itália – Carnaval de Veneza
Portugal – Torres Vedras – Ovar – Loulé

Devo confessar que esta é uma época que não me diz muito, porque não gosto de mascarar-me, nem acho muita piada as brincadeiras. No entanto confesso que na minha adolescência fiz algumas brincadeirinhas alusivas á quadra….

domingo, fevereiro 18, 2007

O Dia do YOGA – 18 de Fevereiro








O Dia do YOGA – 18 de Fevereiro

Comemora-se hoje o dia do Yoga em Portugal e através da Uni-yôga http://www.yoga.online.pt/portal.html houve uma divulgação em Lisboa, em pleno Terreiro do Paço com duas coreografias de demonstração http://www.yoga.online.pt/swasthya.html

Depois aconteceu uma aula de Swásthya Yôga para todos os presentes que quisessem ter um contacto com esta pratica.

Deixo aqui, os contactos para quem quiser aderir ou saber mais:
http://www.yoga.online.pt/unidades.html

E como não podia deixar passar, deixo as fotografias que testemunham a excelente tarde passada no Terreiro do Paço.

Os agradecimentos aos Professores:

• Prof. Sara Garcia http://www.yogamadora.com/ mailto:amadora.pt@uni-yoga.org
• Prof. Pedro Cardoso http://www.yoga.online.pt/unidade_camoes.html mailto:camoes.pt@uni-yoga.org
• Prof. Bruno http://www.yoga.online.pt/unidade_camoes.html

Muito Obrigado, a todos os que estiveram presentes e em especial aos que participaram na aula de demonstração.

Lisboa, 18 de Fevereiro de 2007




segunda-feira, fevereiro 12, 2007

I Had A Dream





I Had A Dream

Joss Stone

Composição: Jon B. Sebastian

I had a dream last night
What a lovely dream it was
I dreamed we all were alright
Happy in a land of oz
Why did everybody laugh when I told them my dream?
I guess they all were so far from that kind of that scene
Feelin real mean

I heard a song last night
What a lovely song it was
I thought I'd hum it all night
Unforgettable because..

All of the players were playing together
And all of the happies were as light as a feather
See, your love remember is a freeing of soul
But as I recall, the rest will just follow

I had a dream last night
What a lovely dream it was
I dreamed we all were alright
Happy in a land of oz
What a lovely dream it was
What a lovely dream it was

What a lovely dream it was

sábado, fevereiro 10, 2007

O País “Encerrado”

O País “Encerrado”


É impressionante o que acontecido por esse país fora, em relação ao muito que se tem encerrado e se projecta vir a encerrar, desde da Saúde (Hospitais, Centros de Saúde, Maternidades) passando pela Segurança (PSP, GNR e Prisões) ou pelo Ensino (Escolas, Cursos Superiores, etc).

Ninguém sabe o que mais irá fechar, o silêncio é cúmplice da impotência ou da aceitação, quando um dia tivermos tudo fechado e que dê azo as chegadas dos nossos vizinhos, com a luz magnifica da capacidade de investimento e aquisição…então daqui El-rei, que outras batalhas sejam rendidas…

Pequenas notícias que passaram na nossa comunicação escrita nos últimos tempos, para ler e pensar…

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Prisões – Ministério da Justiça

O Ministério da Justiça vai encerrar a prisão de Santarém até ao final de Julho. A cadeia foi inaugurada há apenas seis anos para receber polícias. Na altura, era uma prioridade. Agora, a prioridade é vender património.

HospitaisMinistério da Saúde

Além do encerramento do Hospital do Desterro, no futuro o Governo pretende fechar também os hospitais de S. José, Capuchos, Santa Marta e maternidade do Dona Estefânia, referiu o sindicalista, considerando depois que o objectivo do Executivo é "uma redução significativa do investimento do Estado (na Saúde) e a entrada de grupos económicos e financeiros para fazer da Saúde outro grande negócio do século".

MaternidadesMinistério da Saúde

Mais de seis mil pessoas rumam amanhã a Lisboa numa mega manifestação contra o encerramento de pelo menos 13 maternidades. Depois dos protestos de militares, funcionários públicos, magistrados e agricultores, agora é a vez da revolta das ‘mães’ contra as medidas do Governo.

Maternidade encerrada no Amadora – Sintra

Hospital fechou serviço de urgência durante dois dias por falta de médicos

EscolasMinistério da Educação

É o processo de reordenamento da rede escolar em curso: daqui a um ano, pelo menos mais 900 escolas do 1.º Ciclo estarão encerradas. A garantia foi dada ontem pelo secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, que presidiu em Viana do Castelo à cerimónia de homologação de mais 43 cartas educativas, que vão beneficiar 17 638 estudantes. Até 2009, o número de escolas a fechar deve rondar os três mil estabelecimentos.

PSP & GNRMinistério da Administração Interna

O ministro da Administração Interna, António Costa, avançou ontem que o Governo vai anunciar no primeiro trimestre de 2007 o novo mapa do dispositivo territorial da GNR e da PSP.

O ministro reconheceu ainda que existe um déficit de instalações e de equipamentos nas duas forças de segurança. Vinte e dois por cento dos postos da GNR e 18 por cento das esquadras da PSP deverão ser encerrados.

Outras notícias poderiam aqui ser colocadas, com mais ênfase ou com maior impacto social, no entanto para pensar estas bastam.

PS. Os nossos vizinhos já estão implantados no nosso mercado de trabalho, de lazer, um pouco por todas as áreas da sociedade e ninguém dá a devida importância a esse fenómeno. Pagaremos um preço altíssimo pela nossa destreza.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Os Grandes Portugueses

OS GRANDES PORTUGUESES

Faça aqui o seu comentário e/ ou o seu voto – um blog de Opinião

Dados tirados do site da RTP:

http://www.rtp.pt/wportal/sites/tv/grandesportugueses/programa.php

Os Grandes Portugueses é um projecto baseado no formato original da BBC “Great Britons” que foi um grande sucesso no Reino Unido, e do qual já foram produzidas versões locais em países tais como a Holanda, a Alemanha, o Canadá, a França, a Bélgica, Finlândia, África do Sul, entre outros.

Para que possa comparar os nossos grandes com os deles, incluímos a lista dos 10 Mais de alguns países onde o formato foi exibido.

Os 10 Mais no Reino Unido

1 Winston Churchill
2 Isambard Kingdom Brunel
3 Diana, Princesa de Gales
4 Charles Darwin
5 William Shakespeare
6 Isaac Newton
7 Rainha Elizabeth
8 John Lennon
9 Almirante Nelson
10 Oliver Cromwell

Os 10 Mais na Alemanha

1 Konrad Adenauer
2 Lutero
3 Karl Marx
4 Willy Brandt
5 Sophie und Hans Scholl
6 Bach
7 Guttenberg
8 Goethe
9 Otto von Bismarck
10 Albert Einstein

Os 10 Mais em França

1 Charles de Gaulle
2 Louis Pasteur
3 Abbé Pierre
4 Marie Curie
5 Coluche
6 Victor Hugo
7 Bourvil
8 Molière
9 Jacques Yves Cousteau
10 Edith Piaf

Os 10 Mais nos Estados Unidos da América

1 Ronald Reagan
2 Abraham Lincoln
3 Martin Luther King, Jr
4 George Washington
5 Benjamin Franklin
6 George W Bush
7 Bill Clinton
8 Elvis Presley
9 Oprah Winfrey
10 Frankin D. Roosevelt

A República Checa, a África do Sul, a Finlândia e a Bélgica também já elegeram os seus 10 Mais.
No caso dos checos foram eleitas figuras como, Václav Havel (ex-presidente e dramaturgo) e Dvorak (compositor). Para os Sul-africanos, Nelson Mandela (ex-presidente) e o Dr. Christiaan Barnard (desenvolveu a técnica do transplante cardíaco) mereceram fazer parte do grupo dos 10 mais populares, enquanto que na Finlândia fez parte dessa lista, Jean Sibelius (compositor). Os belgas optaram por Jacques Brel (cantor), Eddy Merckx (ciclista) e Hergé (criador do Tintim).

O programa também foi produzido na Malásia e Equador, encontrando-se neste momento em produção no Chile.

Os 10 finalistas são:

1. D. Afonso Henriques – Rei - 1111 -1185

Foi o primeiro rei de Portugal, um dos Estados mais antigos da Europa. Definiu, através de várias conquistas, praticamente o território que é hoje Portugal. Soube sacrificar-se em nome de um sonho quando lutou contra a mãe em São Mamede e fez as pazes com Afonso VII, rei de Leão e Castela. Após a mítica batalha de Ourique, foi coroado rei. Foi um homem sem medo. Nasceu em Guimarães e morreu em Coimbra, onde está sepultado. Quando deu por terminada a obra, o território nacional estava quase delineado. “Aí tem um português que, em vida, conseguiu ter um sonho e concretizá-lo”, diz o cineasta António Pedro Vasconcelos.

2. Álvaro Cunhal – Político - 1913 -2005

É o símbolo da luta contra o salazarismo. Com um inflexível código de honra, iniciou a actividade revolucionária quando estudava na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Preso pela PIDE durante 11 anos, foi eleito secretário-geral do PCP em 1961. Cunhal era um lobo de inteligência e astúcia. Por nascimento e educação nunca deixou de ser um aristocrata, mas abdicou de tudo em prol de um ideal. “Teve uma fidelidade inquebrantável aos valores em que acreditava, mesmo quando estavam a ruir por completo”, lembra João Soares, deputado do PS. Ministro sem pasta dos primeiros quatro Governos do pós-25 de Abril. Autor de vasta bibliografia.

3. António de Oliveira Salazar – Político - 1889 -1970

Dirigiu, de forma ditatorial, os destinos do País durante quatro décadas. Foi ministro das Finanças, presidente do Conselho de Ministros, fundador e chefe do partido União Nacional. Afastou todos os que tentaram destituí-lo do cargo. Instituiu a censura e a polícia política. Criou dois movimentos paramilitares: a Legião e a Mocidade Portuguesas. Mas equilibrou as finanças públicas, criou as condições para o desenvolvimento económico, mesmo que controlado, e conseguiu que Portugal não fosse envolvido na II Guerra Mundial. Manteve a separação entre o Estado e da Igreja. Figura controversa, marcou sem dúvida a história do País.

4. Aristides de Sousa Mendes – Diplomata - 1885 -1954

Os homens são do tamanho dos valores que defendem. Aristides de Sousa Mendes foi, talvez por isso, um dos poucos heróis nacionais do século XX e o maior símbolo português saído da II Guerra Mundial. Em 1940, quando era cônsul em Bordéus, protagonizou a "desobediência justa". Não acatou a proibição de Salazar de se passarem vistos a refugiados: transgrediu e passou 30 mil, sobretudo a judeus. Foi demitido compulsivamente. A sua vida estilhaçou-se por completo. "É o herói vulgar. Não estava preso a causas. Estava preso a uma questão fundamental: a sua consciência", afirma o jornalista Ferreira Fernandes.

5. Fernando Pessoa – Poeta - 1888 -1935

É considerado, a par de Camões, o maior poeta da língua portuguesa. Deixa uma obra única, pela sua duração, originalidade e universalidade. Perito nas subtilezas da escrita, escreve com lucidez inabalável. Fernando Pessoa cria o seu próprio mundo. Um espírito rico e paradoxal não se podia resumir a uma só personalidade. Com a criação dos heterónimos, o poeta gera, em torno de si, um mistério que perpetua o seu nome infinitamente. “Imortal”, resume Pinto da Costa, professor catedrático de Medicina Legal.

6. Infante D. Henrique – Estadista - 1394 -1460

Este homem desvendou os mistérios do oceano. Com extraordinária obstinação, o Infante D. Henrique foi o mentor da expansão ultramarina que, mais tarde, desencadeou os descobrimentos. Revelou-se muito hábil a farejar boas oportunidades de investida. Culto, empreendedor, prospectivo, o Infante D. Henrique preparou Portugal para aquela que foi a grande gesta nacional. Deu, na expressão de Camões, “novos mundos ao mundo”. “É o verdadeiro iniciador da expansão universal de Portugal e da Europa”, afirma Ferreira do Amaral, ex-ministro das Obras Públicas.

7. D. João II – Rei - 1394 -1460

Duas palavras descrevem D. João II: clarividência e determinação. Com apenas 19 anos planeou a expansão marítima portuguesa e pensou grande: assinou o Tratado de Tordesilhas, assegurando para Portugal a posse do Brasil e a manutenção do comércio com a Índia. Foi um monarca implacável, que não hesitou diante de nada para atingir os seus objectivos. Mesmo que isso significasse aniquilar os inimigos. Tinha uma jovem austeridade, mas o seu sentido de justiça tornou-o querido do povo. “Colocou Portugal no centro do mundo”, diz o historiador de arte Anísio Franco.

8. Camões – Poeta - c. 1525 -1580

É o gigante das letras e o maior poeta da língua portuguesa - e um dos grandes poetas da Humanidade. Além de “Os Lusíadas”, deixa uma vastíssima obra poética. Viveu uma infância de privações, mas a sua curiosidade de aventureiro fê-lo alistar-se na milícia do ultramar. Viveu várias adversidades em Goa. O autor que sobreviveu a todas as intempéries mostra, quase cinco séculos depois, que a sua poesia escapou ilesa ao passar do tempo. Camões é, sobretudo, o símbolo de Portugal. “Foi cidadão antes de haver cidadania”, diz o historiador Medeiros Ferreira.

9. Marquês de Pombal – Estadista - 1699 -1782

Foi o mais notável estadista do seu tempo. O Marquês de Pombal revolucionou o País a nível económico, educacional e cultural. Com o terrível terramoto de 1755, provou as suas capacidades reformadoras e fez nascer uma nova Lisboa que sobrevive até hoje. Uma das grandes personagens da história de Portugal - e uma das mais controversas. “É uma lição para toda a cultura ocidental e universal”, afirma o historiador Rui Afonso. Mas há um “lado B” em Marquês de Pombal: ele também foi um clone do totalitarismo. É conhecida a sua face tirânica e as suas acções despóticas. O seu legado, porém, é inegável.

10. Vasco da Gama – Navegador – c. 1468 -1524

Realizou a primeira viagem marítima para a Índia. Ligou definitivamente a Europa e a Ásia em finais do século XV. Vasco da Gama tem, por isso, lugar assegurado na história mundial. Com ele surgiu, pela primeira vez, o sentido da globalidade. Para muitos foi o maior dos desbravadores, um negociador de dente afiado e um verdadeiro timoneiro para os homens que o acompanharam. Mais: “Os Lusíadas” existem devido à viagem de Vasco da Gama. Dono de um temperamento impulsivo, estava destinado a ser sacerdote, mas acabou por ser descobridor, guerreiro e vice-rei da Índia. “Projectou a Europa no Mundo”, diz, convicto, Marcelo Rebelo de Sousa.


O meu voto está repartido por dois grandes portugueses, pelo que no momento em escrevo estas linhas ainda não tenho qualquer decisão, sei apenas que o nome sairá desses dois…

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Manuel Pinho – Imparável




Manuel Pinho – Imparável

Não seria de todo necessário uma viagem tão longa para este senhor fazer uma demonstração erudita de como se pode ser visionário em Portugal nos tempos que correm.

“Estou muito feliz por estar na China, é a segunda vez que cá venho, desde que aqui estive há 15 anos, no Sul, está tudo muito melhor e muito diferente Fizemos uma longa viagem de 12 horas e chegámos todos muito fatigados Mas quando vínhamos do aeroporto para o hotel reparei na avenida e pensava que era a Madison Square em Nova Iorque Depois vi que era mais bonita e mais moderna e percebi que estava na China isso prova a grande prosperidade deste país”.

São as suas primeiras palavras, como bom português que se deve sentir, tem a obrigação de colocar dois sentimentos opostos no mesmo caminho, o sacrifício e o elogio.

Como Ministro da Economia, primeiro e depois como bom “tuga”, teria que ter a sua arma secreta, algo que definitivamente conquistasse o objectivo da viagem daquele, no Fórum de Cooperação Empresarial Portugal China 2007

“Portugal é um país competitivo em termos de custos salariais. Os custos salariais são mais baixos do que a média dos países da UE e a pressão para a sua subida é muito menor do que nos países do alargamento”

Não! Ninguém atingiu a capacidade de perceber o poder e a inovação daquela afirmação, mas estão todos enganados, os visionários sofrem destes males, são mal compreendidos na época… é o normal porque o povo não está preparado para entender, e quando passa para além do dito povo?

“Acredito que o PSD e que o CDS-PP e os sindicatos estejam a tentar fazer passar a ideia de que defendi um modelo de salários baixos em Portugal, mas qualquer pessoa minimamente inteligente compreende que não foi isso que fiz”

É fácil de entender, oposição politica, esquerdistas, ou será que não há pessoas minimamente inteligentes que possam dar uma ajudinha?

Simplesmente imparável.

Se fosse arte, este senhor, no teatro seria representado num drama, na pintura numa tela de Picasso, na literatura num poema de Florbela Espanca. Mas não, é na natureza das coisas e das pessoas que descobrimos as razões que se confundem e atrapalham…

Escolheria a natureza, a verdadeira natureza para caracterizar tão importante personagem do nosso governo, recorrendo a uma fotografia de uma amiga, colocaria a seguinte legenda:

A PERSONAEM ISOLADA, QUE COM TANTA ÁGUA QUE METEU, FEZ UM GRANDE BURACO NO SEU GOVERNO.