quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Manuel Pinho – Imparável




Manuel Pinho – Imparável

Não seria de todo necessário uma viagem tão longa para este senhor fazer uma demonstração erudita de como se pode ser visionário em Portugal nos tempos que correm.

“Estou muito feliz por estar na China, é a segunda vez que cá venho, desde que aqui estive há 15 anos, no Sul, está tudo muito melhor e muito diferente Fizemos uma longa viagem de 12 horas e chegámos todos muito fatigados Mas quando vínhamos do aeroporto para o hotel reparei na avenida e pensava que era a Madison Square em Nova Iorque Depois vi que era mais bonita e mais moderna e percebi que estava na China isso prova a grande prosperidade deste país”.

São as suas primeiras palavras, como bom português que se deve sentir, tem a obrigação de colocar dois sentimentos opostos no mesmo caminho, o sacrifício e o elogio.

Como Ministro da Economia, primeiro e depois como bom “tuga”, teria que ter a sua arma secreta, algo que definitivamente conquistasse o objectivo da viagem daquele, no Fórum de Cooperação Empresarial Portugal China 2007

“Portugal é um país competitivo em termos de custos salariais. Os custos salariais são mais baixos do que a média dos países da UE e a pressão para a sua subida é muito menor do que nos países do alargamento”

Não! Ninguém atingiu a capacidade de perceber o poder e a inovação daquela afirmação, mas estão todos enganados, os visionários sofrem destes males, são mal compreendidos na época… é o normal porque o povo não está preparado para entender, e quando passa para além do dito povo?

“Acredito que o PSD e que o CDS-PP e os sindicatos estejam a tentar fazer passar a ideia de que defendi um modelo de salários baixos em Portugal, mas qualquer pessoa minimamente inteligente compreende que não foi isso que fiz”

É fácil de entender, oposição politica, esquerdistas, ou será que não há pessoas minimamente inteligentes que possam dar uma ajudinha?

Simplesmente imparável.

Se fosse arte, este senhor, no teatro seria representado num drama, na pintura numa tela de Picasso, na literatura num poema de Florbela Espanca. Mas não, é na natureza das coisas e das pessoas que descobrimos as razões que se confundem e atrapalham…

Escolheria a natureza, a verdadeira natureza para caracterizar tão importante personagem do nosso governo, recorrendo a uma fotografia de uma amiga, colocaria a seguinte legenda:

A PERSONAEM ISOLADA, QUE COM TANTA ÁGUA QUE METEU, FEZ UM GRANDE BURACO NO SEU GOVERNO.


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