sábado, dezembro 23, 2006

NATAL

Artigo de Opinião

Natal

É apenas uma simples palavra, que pode significar tanto ou tão pouco que não consigamos dar o devido valor. Associado ao mês de Dezembro e em especial ao dia 25, porque comemora o nascimento de Jesus Cristo, segundo convenção dos crentes da Igreja Católica Romana, é por isso uma época de festividade. É um acontecimento religioso, implantado de tal forma que nos tempos actuais se tornou socialmente importante.

É tradição, efectuar rituais diversificados, como comer bacalhau ou dar prendas aos familiares e amigos.

Dia mundialmente consagrado à reunião da família, à paz, à fraternidade e à solidariedade.

São os factos, implícitos na palavra Natal, embora seja apenas uma pequena palavra que alberga tanta responsabilidade, devo confessar que sou um dos que não consigo dar o devido valor.

Primeiro, porque as causas católicas não são tão influentes nos tempos que correm, depois porque sou dos que quero ser livre nos meus actos e por esse facto dou prendas quando entendo que devo dar e não quando todos acham que devem ser dadas. No entanto respeito os que pensam de outras formas e que possam convergir com o meu pensamento.

Defendo estes valores, família, paz, fraternidade e a solidariedade, por educação moral e intelectual, defendo-os por ideologia e porque acredito neste tipo de valores, pelo que sinto obrigação de faze-lo diariamente. Um dia é simbólico, no entanto para mim é muito pouco para tanto que a sociedade merece.

E os outros dias? E os outros meses do ano? As pessoas são diferentes? Para quem trabalha a diferença (positiva) é o subsídio (mais um valor monetário) que recebem e esse facto só por si, já faz uma grande diferença. Porque as pessoas vivem pelo dinheiro, porque um pouco mais de dinheiro dá felicidade, então é apenas uma questão comercial, que destrói o conceito ou conceitos atrás descritos.

Sei que é ilusão, tudo o que acontece nesta época, porque após o Natal, tudo volta ao “normal” ou seja, a tolerância abranda e a alegria esconde-se. A simpatia treme e foge apavorada como se fosse forasteira no resto do ano.

E quanto ao olhar inquestionável da quadra, existe o feriado, o que é do meu agrado, porque proporciona momentos em que privo com mais calma com os que gosto, em amena cavaqueira e na companhia de um bom vinho para acompanhar uma gostosa refeição.

Agora, o que defenderei sempre, é que o verdadeiro Natal é pertença das crianças e que os adultos devem assistir, para “beber” o espírito da felicidade e da inocência dos que naturalmente são sábios profetas e nos dão grandes lições de vida.

Um sorriso, uma lágrima de alegria ou uma expressão de surpresa na cara de uma criança é o expoente máximo do Natal que protejo.

Sonho com a possibilidade de ser real, dia após dia, em qualquer parte do mundo, para todas as crianças do mundo.

Para mim, é este o significado da palavra, Natal, é o conceito e o marco, do desejo que se intromete e confunde com o sonho e origina a esperança num mundo melhor das e para as crianças.

Bom Natal para todas as crianças do mundo!



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