segunda-feira, dezembro 11, 2006

Sindicalismo

Artigo de Opinião

Sindicalismo

É preciso perceber o que é o sindicalismo. O sindicalismo tem origem nas corporações de ofício na Europa medieval. Foi durante a revolução industrial (Século XVIII) na Inglaterra, que os trabalhadores, (indústrias têxteis), doentes e desempregados se encontravam nas sociedades de socorro mútuos.

É da necessidade, que nasce o movimento sindical, primeiro como acção social de protecção, depois como forma de combate ao abuso do capitalismo. Nascem os Sindicatos, instituições organizadas dos trabalhadores na luta por os seus direitos perante os governos e especialmente em relação aos empresários. Nos dias que correm a acção sindicalista é naturalmente uma luta de classes. Por isso, os Sindicatos são órgãos de luta politica.

Actualmente, o sindicalismo no mundo todo atravessa uma prolongada e profunda crise, que afecta os trabalhadores de uma forma gótica e os parceiros sociais de uma forma subtil.

A crise é expressa na queda permanente das taxas de associados – segundo recente relatório da OIT, a média mundial de sindicalizados é de apenas 19%; que descontentes com o panorama social ameaçam deixar os Sindicatos sós, o que se reflecte objectivamente também na perda de poder dos sindicatos, que não conseguem conter a ofensiva do capital na retirada de direitos dos trabalhadores, efeito devastador na redução da influência do sindicalismo, que perde credibilidade na sociedade e capacidade de intervenção política, com a sua ultrapassada ideia motora de actuação de rua, entoando cantigas de intervenção, com faixas de slogans politico/sociais.

Todos os sintomas, e outros fenómenos são a confirmação que a crise é muito grave!

A única saída, para evitar a morte anunciada do sindicalismo passa pelo enquadramento real dos meios tecnológicos ao dispor da sociedade, passa pela conquista da difícil incorporação de jovens e mulheres na vida sindical e se necessário for, na mudança de cariz humana dos que se arrastam na vida sindical com o mesmo discurso da revolução dos cravos.

É duro, mas a realidade assim o impõe e não contempla devaneios presunçosos!

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