domingo, dezembro 17, 2006

Tertúlia dos Sabores

Artigo de Opinião

Tertúlia dos Sabores

Neste sábado, voltamos á velha tradição de escolher um destino gastronómico para saciarmos os nossos apetites nacionalistas!

Somos um pequeno grupo, tipicamente português que gosta das coisas boas da vida, que aprecia a cultura, a gastronomia e a paisagem portuguesa.

O nosso destino, desta vez repetiu-se, pois fomos até Almeirim, em busca de uma genuína “Sopa de Pedra”.

Assim chegados, podemos apreciar o comércio muito personalizado daquela cidade, pois em cada casa ou garagem havia um letreiro que publicitava a venda do seu produto.

Numa época, em que o Governo de Sócrates introduz apertadas reformas, com máxima incidência no ataque á fuga dos impostos e na constante remodelação de um país estranhamente mítico, onde se gritam ou escrevem palavras de censura, contra as novas taxas moderadoras dos hospitais, dos lucros gigantescos dos bancos, das reformas milionárias dos gestores portugueses ou da vida de alguns políticos, em que o mesmo Governo se associa, quanto mais não seja pela sua passividade.

Seja como for, a politica ficou á porta daquela cidade, porque ou não querem entender ou então menosprezam os discursos dos Senhores da Capital, intitulados governantes e continuam na sua particular e amena gestão comercial. Ao passar pelas ruas da cidade, podemos ler nos letreiros expostos nas portas e janelas, as vendas das “Caralhotas” (Pão caseiro cozido em lenha que pode ser recheado com farinheira ou chouriço) ou ouvir “Clementinas e Laranjas – Bem docinhas e baratinhas” e o povo sereno lá continua debaixo de um Sol apetitoso na sua saudável vidinha, sem máculas nem aventuras inesperadas.

Para cumprir a tradição, bem portuguesa, trouxemos um “Abafado” caseiro (Vinho Licoroso), uma barrigada de sopa de pedra e a promessa de voltarmos para conhecermos outros restaurantes e outros pratos típicos.

E já agora, para certificarmos se este choque de mentalidades, tipicamente portuguesa, se conserva e fortalece, apesar dos ataques frequentes. A malta é soberana e o que continua a querer é comer e beber…

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